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Histórico

Missão

O Museu tem como missão, conservar, pesquisar, expor, salvaguardar o acervo histórico cultural de nossa região, que caracteriza o saber fazer de um povo, desde a ocupação primitiva até a colonização européia, através de seus equipamentos, suas técnicas de uso, utensílios e objetos utilizados no cotidiano, conscientizando as gerações atuais e futuras, sobre a importância da preservação deste patrimônio material e imaterial.

Perfil

O Museu ao Ar Livre Princesa Isabel é uma instituição de caráter tecnológica, histórica e documental que preserva, pesquisa e divulga a cultura material de diversas etnias, destacando um acervo proveniente da imigração, mantendo-o em funcionamento. A expressão “ao ar livre” corresponde à forma de apresentação do acervo num ambiente natural e ecológico, destacando o modo de vida de uma dada comunidade, em uma determinada época, residência, igreja, moinhos, galpões, indústrias artesanais, enfim, procuramos conservar um ambiente de contemplação e estudo.

No Museu ao Ar Livre Princesa Isabel se encontra parte do saber tecnológico do povo que colonizou a região, saber esse que pela grandeza de sua simplicidade revela o caráter empreendedor das pessoas que construíram a região. Observando o acervo que compõem este museu, podemos compreender um pouco mais sobre os primeiros tempos da industrialização, que foi desenvolvido por diversos grupos étnicos que colonizaram nossas terras.

Histórico

Localizado na Rua Padre João Leonir Dal’Alba – Bairro Murialdo, município de Orleans/SC, encontra-se o parque de tecnologia dos imigrantes da América Latina, o Museu ao ar livre Princesa Isabel. Sua criação foi primeiramente, estimulada pelas observações que o Pe. João Leonir Dall’Alba fez na região. Padre João buscou dados sobre a colonização europeia, procurando destacar a história dos principais núcleos, por meio de publicações de seus estudos. Com estes trabalhos, conseguiu-se despertar na população o gosto pelo conhecimento e preservação de sua história.

As técnicas de trabalho que os colonizadores conseguiram desenvolver no isolamento a que foram submetidos era algo de extraordinário. Faze-las com que fossem conhecidas, foi, e é uma revelação, um tesouro cultural, que é o registro de uma vitória do espírito humano contra a adversidade. Era necessário garantir que as gerações futuras conhecessem o resultado desse esforço. No entanto, o Museu ao Ar Livre Princesa Isabel era uma garantia de que esse “tesouro” seria preservado e, com ele, parte expressiva de nossa história e cultura.

Em 1974, a região foi surpreendida por uma grande enchente nas cabeceiras do Vale do Rio Tubarão. Tudo o que estava às margens dos rios e riachos foi levado pela força das águas. Restou muito pouco. Com o enfraquecimento das indústrias artesanais que eram movidas pela força d’água, humana e animal, fortaleceu o uso de novas tecnologias.

Com a chegada da energia elétrica, novos empreendimentos começaram a surgir. Diante disso, as preocupações do Padre João aumentaram. Precisava encontrar uma forma de salvar e preservar essa riqueza cultural que os colonizadores implantaram na região. Registrou algumas idéias no papel e começou a apresentá-las em órgãos do governo. Na Capital Federal, entrou em contato com o Centro Nacional de Referência Cultural, depois a Fundação Nacional Pró-Memória, hoje o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O entusiasmo suscitado por essas entidades levou ao projeto de criação de um Museu que reunisse tudo em um único local. Assim, seria preservada parte da memória de toda uma tecnologia desenvolvida pelos colonizadores. Dessa forma surgiu então o Museu ao Ar Livre, o primeiro do gênero na América Latina, inaugurado em 30 de agosto de 1980.

O Museu está instalado numa área de vinte mil metros quadrados de terra. As construções de características tradicionais abrigam em cada uma, um tipo de instalação industrial ou de serviços, abrangendo: capela, engenho de farinha de mandioca, estrebaria, galpão de serviços domésticos, cozinha de chão batido, casa do colono, cantina, meios de transporte, engenho de cana de açúcar, alambique, olaria, serraria pica-pau, oficinas artesanais, marcenaria, atafona, ferraria, monjolos, incluindo as belas rodas d’água.

Além destas unidades citadas, também encontramos instalado nas dependências do Museu a Casa de Pedra, que abriga um acervo que foi salvaguardado num período anterior ao do Museu ao Ar Livre, esse acervo recebeu o nome de Museu da Imigração Conde D’Eu, hoje uma unidade histórica do Museu.
Em 2011 sua nomenclatura foi alterada, passando a se chamar Museu ao Ar livre Princesa Isabel, nome sugerido pelo Pe. João no início da sua construção.